Páginas

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Reescrevendo e repostando

Nem sei se alguém ainda vem aqui ver se tem atualização, mas... eu estou reescrevendo e repostando a fanfic. Mudei o nome, mas não vou mudar muita coisa na estória, só vou acrescentar algo aqui e ali. Vou postar no animespirit a partir de agora. Se alguém quiser ler: http://socialspir.it/1627558

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Capítulo 20 - Show me how to make her grin

Fiquei séculos sem postar e sinceramente, não sei por quê. Acho que era preguiça, desanimo... Desculpa :c

- Narração do Anthony -

Não tinha quase ninguém para embarcar, então não foi difícil achar um vagão inteiro só para nós. Nos acomodamos e logo meus amigos pegaram no sono, mas eu não conseguia dormir de jeito nenhum. Vi o sol nascer e logo depois me levantei. Andei devagar até fim o vagão, sentei-me ao banco e abri a apertada e barulhenta janela. Tive medo de acordá-los, mas o barulho do trem era tão alto que nem perceberam. Tirei o maço e o esqueiro de dentro do bolso da jaqueta e joguei-os sobre a mesa. Agora estava pronto para relaxar.
Restava pouco menos da metade do cigarro e eu tragava sem tirá-lo da boca, enquanto observava mato e mais mato passar pela janela. Estava tão distraído que não notei o fiscal se aproximando de mim.
- Com licença, senhor. - Ele disse e eu me virei para observá-lo. - Não é permitido fumar neste trem.
- Já está quase no final, cara. - Respondi sem tirar o cigarro da boca.
- O senhor precisa apagar esse cigarro ou terá que descer na próxima estação.
- O que foi, cara? Não é como se tivesse mais alguém no vagão nem nada. - O fiscal estava obviamente irritado, mas procurou manter a calma e respirou fundo.
- Senhor, tem uma placa que diz claramente para não fumar. - Ele apontava para ela enquanto eu o olhava de braços cruzados. Estava pronto para respondê-lo mas mal cheguei a abrir a boca e fui interrompido.
- O que está acontecendo aqui? - Perguntou Maggie ainda sonolenta.
- Só tem meus amigos e eu neste vagão certo? - Ignorei-a e prossegui. - Então por que você não deixa de ser um pé no saco?
Nem precisei olhar para Maggie para saber que ela me olhava reprovando completamente meu comportamento.
Ela pôs a mão sobre o ombro do fiscal e disse:
- Pode deixar que eu cuido disso. - Ele a olhou e bufou.
- Eu já estou de saco cheio desses adolescentes babacas como vocês achando que sabem de tudo. - Bufou mais uma vez e se afastou de nós.
Maggie me olhava de cara feia e eu soprei a fumaça na direção de seu rosto. Acho que tinha extrapolado sem nem perceber. Ela arrancou o cigarro da minha boca sem pensar duas vezes.
- Acho que você deveria me deixar fumar depois dele ter te chamado de adolescente babaca. - Ela riu escandalosa e sarcasticamente, debochando de mim e atirou o cigarro pela janela. - Ah, qual é? - Bufei e cruzei os braços, como uma criança.
Ela se ajoelhou no banco em frente ao meu e ficou olhando através da janela. O silêncio estava me incomodando, então resolvi falar qualquer coisa que viesse a minha cabeça.
- Está arrependida? - Olhou-me desentendida. - De ter vindo.
Maggie suspirou e sorriu para mim. Um sorriso calmo e desconcertado.
- Não. - Voltou a olhar para a janela e desfez o sorriso. - Só estou nervosa.
- Vai dar tudo certo e você vai gostar, Maggie. Mas se minha mãe quiser te prender na cozinha, fuja. - Ela riu para mim e eu sorri. - A não ser que você queira perder toda a diversão que eu proporciono.
Nós ríamos quando Hillel se aproximou e pôs a mão por volta da cintura dela.
- Do que tanto riem? - Maggie virou-se para ele, sorrindo.
- Besteiras... Dormiu bem? - Eles selaram os lábios e sorriram juntos.
- Sim. Vamos voltar? O Flea está sozinho...
- Claro. Você vem, Anthony? - Ela sorria para mim.
- Sim, claro.

domingo, 9 de junho de 2013

Capítulo 19 - Summer time to talk to and swear

Desculpa tanta demora pra postar D: Não é tão grande, mas tá aí né sdlçkfjsdçlkj
______________________________________________________________
Acordei no meio da noite com batidas à janela. Era Anthony e, segundo ele, estava pronto para fugir silenciosamente com minha mala. Lutávamos para que ela passasse pela janela.
– Deveria ter feito uma mala menor. – Ele sussurrava enquanto tentava abraça-la.
– O que você queria? Vamos passar muitos dias em Michigan. Cuidado seu imbecil, está fazendo barulho e meu pai pode ouvir.
– Ah, a propósito. Vamos ter que viajar hoje. – Larguei a mala e Anthony teve que lutar para segurá-la.
– O que? – Eu tinha falado alto demais e fazia careta com medo de acordar meus pais. – O que? – Repeti em sussurro.
– O trem sai às cinco da manhã.
– O que? Vamos de trem?
– A não ser que você seja rica e pague nossa passagem de avião.
– Não tenho dinheiro nem para a passagem de trem.
– Então pronto.
– Mas Anthony, e se meus pais não tiverem saído até lá?
– Aí você vai sair pela janela, ué. Agora me ajuda.
Anthony tentava puxar a mala de qualquer modo, mas ela estava emperrada no meio da janela. Então eu empurrava de um lado e ele puxava do outro. Ela finalmente decidiu sair dali e Anthony caiu no chão com ela por cima.
– Que tonto. – Falei rindo.
– Maggie? Que barulho é esse, filha? – Ouvi meu pai dizer antes de abrir a porta. Ótimo, eu tinha acordado meu pai.
– Droga! – Sussurrei.
– O que?
– Não, é que... – Eu dizia enquanto tentava olhar para o lado de fora a procura de Anthony. – Nada pai.
– Que barulho foi esse? – Ele disse olhando para a janela que não costumava ficar aberta a essa hora da madrugada.
– Nada pai, só caíram umas coisas... Mas já guardei. – Estranhei ele estar arrumado. – Vocês já vão?
– Sim. É um longo caminho até Seattle e queremos chegar cedo. Adoraríamos que fosse também. Seus tios sentem sua falta. E seu priminho também.
– Ah pai, fica pra próxima... Tenho que me organizar com as coisas para a faculdade, sabe disso. – Que desculpa ridícula.
– Eu sei filha. Você me deixa orgulhoso. – Ele sorriu para mim e beijou minha testa. – Vem, tem que se despedir da sua mãe.
– Eu já vou.
Ele mal saiu do quarto e eu corri até a janela. Anthony e minha mala estavam escondidos atrás dos arbustos. Ele fez sinal de que esperaria ali e eu assenti. Fui para o jardim da frente e meu pai estava fechando o porta-malas. Minha mãe veio me abraçar e meu pai entrou no carro.
Eu estava com o coração cortado por estar fugindo, mas queria muito fazer aquilo. De lá conseguia ver o Anthony que estava escondido nos observando. Em algum momento vi ele entrar pela janela do meu quarto.
– O que? Que idiota! – Pensei alto.
– Como é querida? – Perguntou a mamãe.
– Nada, mãe. Vou sentir saudades.
– Eu também, filha. Você promete que vai me ligar todos os dias? Não quero ficar sem notícias suas.
– Mamãe, só vou estar trancada dentro de casa.
– Ah, querida. – Ela pôs um pedaço de papel em minha mão. – Preste mais atenção por onde deixa suas coisas. – A olhei assustada.
– Desculpa, eu... Eu não queria... – Ela ria ao meu ouvido enquanto me abraçava forte.
– Tudo bem. Divirta-se. Mas por favor, tome cuidado.
– Pode deixar, mãe. – Eu sorri para ela. – Obrigada.
– Eu te amo. – Ela já estava entrando no carro.
– Também te amo. – Eu acenava para eles até o carro virar a esquina. Depois voltei correndo para casa e vi Anthony jogado em minha cama.
– Acho que eu não precisava ter feito todo aquele esforço para tirar sua mala daqui, afinal.
– Tira esses pés imundos da minha minha cama. – Eu disse enquanto o puxava.
– Chata pra caralho. – Ele se levantou e ficou de frente para mim. – Eu preciso ir à minha casa para pegar umas coisas. Vem comigo ou vai sozinha para a estação?
– Vou com você.
– Então vai se trocar logo. – Expulsei Anthony do meu quarto e troquei de roupa. Abri a porta e ele estava sentado no chão com minha mala ao seu lado.
– Pronta?
– É... Acho que sim, né.
– Não vai me dizer que está com medo e quer desistir...
– Claro que não.
– Então vamos. – Ele disse me puxando pelo braço.
Tranquei a casa e seguimos para a casa dele. Anthony estava muito a minha frente, ele tinha razão, deveria mesmo ter feito uma mala menor por que mal conseguia carregá-la. Ele bufava constantemente e parava para me esperar.
– Anda logo. – Reclamou.
– Está pesada.
– Desculpa, é que as vezes esqueço que você é uma garota. – disse rindo.
– Eu não sei se levo como elogio ou se fico ofendida. – eu sorri e ele tornou a rir passando a mão nos cabelos.
– Eu gosto, é como se você fosse um dos caras, um dos irmãos, sabe?
– Ah, claro. – respondi sorrindo.
– Eu levo para você, me dá. – ele tentou pegar a mala de minhas mãos.
– Não, eu levo. Você duvida da minha capacidade? Mas eu não sou uma garotinha indefesa. – aquilo acabou não soando como uma brincadeira, mas Anthony achou graça por eu parecer irritada. Grande novidade, ele sempre achava mesmo.
– Como quiser, megs. – ele riu.
Depois de muito esforço e tropeções finalmente chegamos à casa dele. Anthony estava morando com um amigo que eu não conhecia, e ele nem se deu o trabalho de nos apresentar. E foi assim até ele pegar suas malas e dizer que tínhamos que ir embora. Andamos muito até a estação de trem, Anthony sempre com o passo apressado e pedindo que eu fosse mais rápida para não chegarmos atrasados.
– Bem que você podia me ajudar a levar a mala agora. – Reclamei enquanto arrastava minha mala.
– Me dá isso aqui. – Ele respondeu rindo e puxando-a das minhas mãos. – Você é muito mole mesmo, se faz de durona mas no fundo não passa de uma garotinha indefesa.
– Eu não me faço de nada, Anthony. – Ele riu e nós ficamos em silêncio por um tempo. – E o Hillel e o Flea?
– Já devem estar em Michigan, com essa sua lerdeza toda. – Respondeu rindo.
Chegávamos à entrada da estação, mas estávamos tão distraídos irritando um ao outro que só percebemos que os meninos nos esperavam quando chegamos ao guichê para comprar as passagens. Eles foram se aproximando de onde estávamos e Hillel me abraçou.
– Estava com saudades. – Falei sorrindo.
– Eu também. Desculpa não ter ido buscar você. Também não sabia que íamos mais cedo. Sua mala deve estar pesada, né?
– Ah não, tudo bem. Anthony carregou para mim. Sabe, ele até que pode ser útil às vezes. – Anthony e eu nos entreolhamos e rimos. Desfiz o sorriso assim que olhei para Hillel. Ele não parecia nada confortável com aquilo.
– E aí, slim. – Disse Anthony. Hillel apenas balançou a cabela em resposta e me beijou enquanto Flea reclamava, dizendo que precisávamos comprar as passagens logo.
De passagens compradas, tínhamos apenas que esperar o trem. Eu estava nervosa, nunca havia feito algo desse tipo, mas eu precisava tirar essas coisas da cabeça, afinal eu estava indo para me divertir. Estava muito frio naquela madrugada e lembrei que tinha levado vários casacos, mas estavam todos ao fundo da mala.
– Que droga, vou congelar aqui. – Reclamei.
– Você não trouxe nenhum agasalho, Maggie? – Perguntou Hillel.
– Trouxe, mas estão no fundo da mala. Se eu mexer vai desarrumar tudo.
– Toma aqui. – Disse Anthony jogando sua jaqueta jeans em cima de mim.
– Não precisa disso cara, ela fica com o meu. – Respondeu Hillel, jogando-a de volta com força.
– Falou, então. – Disse Anthony se deitando no banco da estação.
Algum tempo depois finalmente nosso trem chegou e corremos para nos acomodar. Guardamos as malas e procuramos bons lugares. Bom, dentro de algumas horas estaríamos em Michigan e eu sabia que de algum modo essa viagem seria inesquecível.

domingo, 17 de março de 2013

Capítulo 18 - Nothing ever goes according to plan

Depois do baile de formatura finalmente vieram as férias. Estávamos receosos com isso porque logo depois iríamos para a faculdade. O que implica em mais responsabilidade e mais dor de cabeça. Mas o que queríamos naquele momento era descansar. Anthony iria para Michigan passar as férias com sua mãe e tinha nos convidado para acompanhá-lo. Hillel e Flea aceitaram o convite no mesmo instante, Jack teve que recusar, pois viajaria com os pais e eu... Bom, meu pai não é do tipo que me deixa viajar com três moleques irresponsáveis para outro estado, mas mesmo assim eu fui falar com ele. E como eu já esperava, ele disse não. Hillel e Anthony fizeram de tudo para convencê-lo, mas não deu certo. Era definitivo, eu não viajaria para Michigan. Mas Anthony não é o tipo de pessoa que aceita não como resposta.
Faltavam exatamente quatro dias para viajarem e eu estava chateada. Teria que passar as férias completamente sozinha enquanto meus amigos e meus pais viajavam. Eu poderia ter ido à Seattle na casa do meu tio Larry com meus pais. Mas servir de babá para meu primo pentelho não é exatamente o que espero para as férias.
Eu estava arrumando minhas coisas, afinal eu não estudaria mais na Fairfax, o que quer dizer que meu pai não me deixaria mais morar na casa dos meus tios. Hillel me ajudava a empacotar tudo e reclamava enquanto dobrava minhas roupas.
– Porque você não enfrenta seu pai e fica aqui? – Eu ri. Ele realmente achava que meu pai iria me deixar com “o meu primo tarado”? Meu pai não sabia do nosso namoro e sempre estranhou que eu andasse mais grudada ainda com o Hillel ultimamente, mas é claro que eu não contei a verdade, e não vou contar tão cedo.
– Sabe que eu não posso. Eu quero, mas não posso.
– Não pode porque? Você nunca pode nada, sempre isso ou aquilo... – Ele disse colocando minha jaqueta na mala.
– Você conhece meu pai, Hill. E sabe que as coisas não são fáceis para eu poder enfrentá-lo.
– Tá, mas você também não deveria deixar de ter sua vida e viver em função da dele.

Eu apenas sorri, Hillel sabia como eram as coisas com meu pai e se ele descobrisse o que estava acontecendo eu nem sei o que poderia acontecer e ainda bem que nunca deu tempo de descobrir.
Depois de arrumar todas as minhas coisas, meu pai já havia chegado para me buscar e estava colocando todas as minhas coisas em seu carro com a ajuda do meu tio. Fiquei lá em cima enquanto isso me despedindo temporariamente do Hillel porque ele iria para Michigan e eu apodreceria em casa.

– Vou sentir sua falta. – Disse Hillel me beijando carinhosamente.
– Eu também, mas espero que seja divertido pra você lá em Michigan.
– Eu queria que você fosse.
– Eu sei, também queria ir.
– MAGGIE, JÁ ESTÁ TUDO NO CARRO, VAMOS LOGO! – Gritou meu pai.
– Bom... Tenho que ir, Hill.
– Pois é... – Hillel me beijou mas logo esquivei porque meu pai poderia aparecer e ver, então aquilo seria motivo para uma terceira guerra mundial. Mas ele tentou me beijar novamente e resultou em um beijo na orelha.
– Tchau, Hill... Tchau. – Falei rindo.
– Tchau, Maggie. Eu te amo.
Ouvir o Hillel me dizendo aquilo me fez ficar parada por alguns segundos, eu acho que não processei muito bem aquelas palavras e minha única reação foi sorrir. Eu o amava, mas acho que nunca havia dito isso a ele.
Me despedi dos meus tios e lhes agradeci pela hospitalidade e por tudo que fizeram por mim enquanto morei com eles. Desci as escadas do prédio angustiada, porque estava sendo difícil me despedir da vida fácil sem meu pai em meu pé todos os dias.
 Em algum momento eu estava parada no tempo, observava a rua e o sol que estava se pondo. Estava tão distraída que a mochila nos meus ombros caiu, o que me fez acordar daquele transe.
– Sua desastrada. – Disse Anthony rindo e pegando minha mochila do chão.
– Eu... Me distrai.
– Sei...
– O que faz aqui?
– Vim aqui para ver umas coisas da banda com o Hillel. Já está indo?
– É, tenho que ir. Ele está lá em cima. Tchau. – Falei abrindo a porta do carro do papai.
– Espera... – Disse ele me pegando pelo braço.
– Sim?
– Bom, você não vai mesmo pra Michigan conosco? – Anthony me sussurrou isso enquanto eu olhava para meu pai que não estava muito feliz em me ver conversando com ele.
– Não dá, já falei. – Sussurrei de volta.
– Toma. – Disse ele me entregando um papel dobrado.
– O que é isso?
– Não abre agora. Leia em casa quando estiver sozinha, entendeu?
– Porque? O que tem aqui?
– Só faça o que eu disse. Leia sozinha e cuidado para que não vejam.
– Vamos Maggie, está escurecendo e sabe que não gosto de dirigir a noite. – Reclamou meu pai.
– Tudo bem pai... Tchau Anthony, espero que tenha ótimas férias.
– Nós vamos ter, Maggie.
Anthony sorriu e subiu para a casa do Hillel, eu estava curiosa para saber o que tinha naquele papel, mas deixei para abrir sozinha porque vindo dele, nunca se sabe.
Chegamos em casa e eu fui direto abraçar minha mãe. De uma coisa eu sentia falta, o perfume doce e os carinhos dela. A dei um beijo no rosto e corri para o banheiro enquanto meu pai me gritava para ajudá-lo. Tranquei a porta e abri o papel o mais rápido que pude.

“Arrume as malas que eu passo na sua casa para pegá-las amanhã a noite. Encontre a gente na cafeteria no dia da viagem. Divirta-se fugindo de casa, Maggie.

 Anthony.”

Fugir? Anthony queria que eu fugisse para Michigan? Mas o que ele tem na cabeça? Isso era loucura. Mas mesmo assim fiz o que ele pediu. Depois de ajudar meu pai a entrar com minhas coisas e arrumar meu quarto,  minha mala estava pronta e eu só teria que esperar até a noite seguinte.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Capítulo 17 - So much I wish I could, so many I wish I would

Um ano depois e já estavamos terminando o colegial. Estava tudo pronto para o baile de formatura. Finalmente íamos sair daquela escola e talvez dar um rumo ou algum sentido as nossas vidas. Eu como sempre, me sentia fora o contexto da Fairfax e não estava com muita vontade de ir ao baile, mas o Hillel insistia que eu fosse com ele.
– Mas Hill, cara você sabe que eu não gosto muito dessas coisas.
– Por favor, Maggie, você vai ficar tão linda. Por favor, vamos. – insistia ele.
– Tá, tudo bem.
– Obrigado. – Disse ele me dando um beijo.
O baile aconteceria dentro de dois dias então eu tinha que me virar como pudesse para arrumar um vestido. Não foi fácil até porque eu tive que fazer isso sozinha, eu não tinha muitas amigas mulheres e minha tia não pode ir comigo. Peguei o primeiro que me serviu.
No dia do baile de fato, eu me empolguei. Estava gostando da ideia e estava feliz por ir com o Hillel.
– Uau! Deveriam fazer mais bailes durante o ano. Você está maravilhosa! – Dizia Hillel pegando minha mão.
– Exagero seu Hill. – Sorria timidamente.
– Então, vamos?
– Vamos. Mas não temos que esperar o Flea, o Jack e o Anthony?
– Já estão lá embaixo.
Descemos e encontramos os meninos. Cada um estava com seu par. Eu só não gostei muito do fato do Anthony estar com a Haya, não por ele, mas porque eu nunca gostei dela. Estávamos no meio do caminho quando Anthony tira dos bolsos vários baseados que havia levado para usar com os amigos na formatura.
– Toma aqui. – Disse Anthony entregando um para cada.
– Não acredito nisso! Hoje é nosso baile e vocês vão se chapar? Nem chegamos lá ainda. – Reclamei.
– Isso porque ainda não abri a bebida. – Continuou Anthony.
– Aonde estão Thony? – Perguntou Flea.
– Aqui dentro das minhas calças.
Chegamos ao ginásio e a festa já parecia ter começado. Os meninos não queriam entrar logo porque queriam beber e fumar tudo que trouxeram antes. Eu e as meninas não gostamos disso, mas o que poderíamos fazer?
Quando conseguimos entrar na festa, estava quase no final. Hillel estava alto, mas ele sempre fora muito discreto e quase não dava pra perceber. Flea sempre foi louco então não demorou para que ele tirasse a roupa e dançasse seminu pela quadra.
– Você não quer dançar? – Perguntou Hillel sorrindo.
– Eu... Tudo bem. – Aceitei dançar com o Hillel, era hora das músicas mais lentas e românticas então foi um momento muito agradável.
De repente eu abro os olhos e vejo o Anthony com a Haya na minha frente. A dança deles era um pouco fora do ritmo e descoordenada, provavelmente porque estavam chapados, mas lembro do Anthony me encarando por muito tempo. Ele sussurrava algumas palavras e apontava para mim, mas eu não entendia o que ele queria dizer.
No fim do baile, nosso grupo voltou para o estacionamento para terminar com as bebidas. Em algum momento Hillel teve que sair para ir ao banheiro e então Anthony me puxou pelo braço.
– Quero falar com você.
– O que foi? Não precisa me puxar assim. – Falei me soltando dele.
– Desculpe, eu não quis te machucar.
– Não me machucou, mas fala o que você quer.
– Maggie, é que eu... – Disse ele dando uma pausa.
– Você...
– Eu, só você não percebeu, cara. Eu...
– Só ela que não percebeu o que, cara? – Disse Hillel voltando e ficando ao meu lado.
– Ei cara, você voltou!
– Sim, algum problema por aqui?
– Não, imagina. O Anthony só queria conversar comigo, mas ele está bêbado e não fala coisa com coisa.  – Falei olhando para o nada.
Fiquei curiosa para saber o que ele tinha a me dizer. Cheguei a perguntar pra ele um pouco depois, mas ele acabou dizendo que estava drogado e eu não tinha percebido. Então eu e Hillel decidimos ir para casa, estava muito tarde e a festa havia acabado a horas.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Capítulo 16 - So fucking what?

Agora eu vou fazer todos os capítulos na narração da Maggie, porque é mais fácil escrever em primeira pessoa açdlk~sdg. Depois eu vou mudar os capítulos anteriores q estiverem em terceira pessoa c:
____________________________________________________________

Era hora do intervalo e estávamos jogados debaixo de uma árvore, como sempre, e Anthony não parava de reclamar.
— Eu não aguento mais meu pai, ele está cada vez mais chato.
— Nós sabemos. — Disse Jack. — Você disse isso pelo menos — ele olhou em seu relógio de pulso antes de continuar — 5 vezes em menos de 10 minutos.
— Você não acha que está exagerando, Anthony? — Perguntei.
— Ele agora está impondo regras ridículas como: Não chegar em casa depois da meia-noite.
— Mas é claro, ele é seu pai, o que você esperava? — Ele me ignorou e continuou a reclamar o resto do dia.
Acordei no meio da noite e ascendi a luz da sala, me assustei e quase gritei ao ver Anthony jogado em nosso sofá. Fui até o quarto de Hillel e o acordei aos solavancos. Ele acordou assustado mas logo sorriu para mim. Ele me agarrou pela cintura e me puxou para a cama, me fazendo cair em cima dele, e beijou meu pescoço.
— Não é pra isso que eu to aqui. — Ele parou de me beijar — O que o Anthony está fazendo no sofá?
— Ah, isso. — Ele me levantou e sentou na cama. — Ele brigou com o pai dele e saiu de casa. Me ligou porque não tinha onde ficar, e eu ofereci o sofá.
— E seus pais sabem disso?
— Sabem, você já tinha ido dormir, mas eles estavam acordados. Por quê essas perguntas?
— Eu não sei, não gosto da ideia do Anthony estar aqui o tempo todo.
— Por quê não?
— Só não gosto. — Voltei pra cama e dormi, tinha até me esquecido porque levantei. Os dias se passavam e sempre que acordava nunca via Anthony no sofá. Ele se levantava mais cedo do que todos.
Era sábado, fim do dia, e estávamos andando na rua. Flea, Hillel e Jack brincando uns com os outros na frente e eu e Anthony conversando atrás.
— Eu sempre tive uma curiosidade. — Ele perguntou.
— Qual? — Perguntei receosa.
— Você não tem nenhuma amiga? Sabe, garota. — Soltei uma risada abafada.
— Estudei com Hill praticamente a vida inteira, então sempre andei e brinquei com ele e seus amigos. Por quê a pergunta?
— Não sei, talvez pudesse me apresentar alguma amiga sua. — Brincou.
— Ei Anth, precisa ver isso. - Gritou Jack. Anthony sorriu para mim e foi para perto dele.
Flea veio correndo para perto de mim. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias por um tempo, até que começamos a falar de Anthony, e da relação que tínhamos.
— Vocês são estranhos, hora se matando, hora se amando. — Disse Flea. Eu ri.
— Não estamos nos amando, estamos nos aturando, Flea.
— Claro, to sabendo. Vocês gostam um do outro, sei disso. Por mais que briguem, são grandes amigos. Admite.
— Eu considero demais o Anthony. Mas eu não acho que ele tenha a mesma consideração por mim.
— E não tem mesmo, é mais do que isso.
— O que quis dizer?
— Não importa, Maggie.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Capítulo 15 - I’ve had a chance to break

— Narração de Anthony —
Nossos corpos estavam colados e suados, Maggie gemia ao meu ouvido e gritava meu nome uma vez ou outra. Eu me sentia melhor do que nunca, um misto de prazer e culpa. Apertava e chupava seus delicados seios enquanto a penetrava violentamente e Hillel assistia a tudo em silêncio. Me sentia mal por ter traído a confiança dele, mas em compensação estava enlouquecendo na cama com Maggie. E eu não forçara ninguém a nada, foi por livre e espontânea vontade. A culpa não era minha.
Ouvi um barulho estrondoso de panelas caindo e levantei assustado, batendo a cabeça na quina da janela, que estava aberta, e sentando na cama. Não passava de um sonho. Acariciei a cabeça dolorida e fui para a cozinha, onde meu pai jogava as panelas de volta para o armário embaixo da pia.
— O que houve? — perguntei sonolento enquanto abria a geladeira.
— Não é óbvio? — rebateu, grosso.
Peguei meu skate e fui para a escola, sem comer ou beber nada, não estava com cabeça pra aguentar meu pai de mau humor. Cheguei na escola e o sinal ainda não tinha batido. Maggie estava sentada embaixo de uma árvore abraçada a Hillel. Logo o sonho veio a minha mente. Porque aquilo precisava me atormentar tanto? Ela era só mais uma garota. Sentei ao lado deles e botei o skate no colo.
— Bom dia.
— bom dia. — Maggie disse sorrindo, e eu sorri de volta.
— bom dia. — dessa vez foi Hillel.
Ficamos ali esperando o sinal bater, eu não conseguia dizer uma palavra. Eles trocavam caricias e eu observava pelo canto do olho. Finalmente o sinal tocou e eu esbarrei com Flea no corredor.
— Oi. — ele disse ofegante. — Me atrasei.
Fomos pra aula e eu não estava prestando atenção em nada, por mais que quisesse, não conseguia. Passei o dia de cabeça cheia. No intervalo, contei o sonho para o Flea. Que riu e disse que eu estava obcecado por ela. Mas não é isso, eu acho. Não importa.
Saímos da escola e fomos direto para a praia. Estávamos jogados na areia, debaixo de uma árvore e eu tinha ascendido um cigarro e fiquei olhando pra ele, sem nem por na boca.
— Ei, se não vai fumar, apaga essa merda. — reclamou Maggie. Sorri e levantei, indo na direção contrária a que eles estavam e sentando na areia. Flea veio se sentar ao meu lado.
— Sabe o que é? — ele perguntou.
— Ahn?
— Você sabe, o que sente por ela...
— Talvez, só talvez, você esteja certo.
— Por quê não conta a ela? - ele tirou o cigarro de entre meus dedos e botou na boca.
— Contar vai trazer complicações.
— Que tipo de complicações?
— Hillel, é óbvio. Além dele ser meu amigo, é melhor pra ela do que eu vou ser. Tudo está tão bem assim, porque complicar?
_____________________________________________________________
Então né, fiz esse com a narração do Anthony prq achei q ficou melhor do que em terceira pessoa. Pode ter ficado meio gay dms, sla. Não sou menino u.u Enfim sçdlgkd~sçlgk espero que gostem []